"Quem é você? Você não sabe nada sobre mim e a Otilia. Eu e a Otilia somos amigos de infância, crescemos juntos. Eu sei tudo sobre ela. O que ela gosta de comer, de beber, que roupas ela prefere, eu sei de tudo. Se tiver dúvidas, pode perguntar." Melchior afirmou com convicção e confiança.

Com essa confiança, ele conseguiu fazer muitos dos convidados presentes acreditarem nele. Já havia rumores de que a segunda filha da Família Barreto tinha vivido nos subúrbios ocidentais, em uma das favelas mais perigosas, onde a criminalidade era alta e era o ponto de encontro de delinquentes. Para uma jovem morando sozinha lá, sobreviver era extremamente difícil.

Paulina ficou impressionada com ele, embora no fundo não acreditasse, ela não sabia como refutar. Se ela seguisse com o assunto, estaria dando a ele a chance de provar ainda mais a sua proximidade com Otilia.

Ela não era tola para cair nesse jogo.

Quando Paulina estava indecisa sobre o que fazer, Zuriel, que até então havia permanecido em silêncio, falou com voz grave: "Isso não prova nada. Paulina, que conhece Otilia há apenas alguns meses, sabe o que ela gosta de comer, que cor de roupas ela prefere e quais são os seus pequenos hábitos." Paulina concordou com a cabeça, admirando a perspicácia de seu tio.

"Exato, é a mesma coisa comigo. Então isso significa que eu sou o homem da Otilia?" Paulina disse, irritada.

Assim que terminou de falar, risadas abafadas soaram ao redor.

Ela realmente fez todos rirem com a sua ingenuidade, especialmente com o seu rosto adoravelmente redondo.

"Eu acho que você está apenas vendo coisas." Paulina não se importou com as risadas.

Os seguranças chegaram correndo, e Amadeu ordenou furiosamente: "Levem-no embora."

"Vocês estão negando? Mesmo que neguem, não podem apagar o fato de que Otilia é minha mulher." Melchior gritou em alta voz.

Amadeu não queria mais ver esse homem nem ouvir a sua voz por mais um segundo.

Ele fez um sinal para o mordomo, que entendeu

para que não dissesse mais nada ofensivo. "Espera!"

ordenou aos seguranças que tapassem a boca dele,

Justo quando estavam prestes a arrastá-lo, uma voz fria e clara soou.

Os seguranças pararam, e todos olharam surpresos para Otilia Salazar.

"Ele está certo. Eu cresci com ele. Nós ambos vivemos na favela dos Subúrbios Ocidentais." A voz clara de Otilia Salazar chegou aos ouvidos de todos presentes.

Os convidados alvoroçaram-se!

Isso era praticamente uma confirmação de que o que o homem havia dito era verdade.

Os olhares de desprezo e desdém se concentraram em Otilia Salazar.

Melchior se animou, feliz por se libertar do controle dos seguranças, e disse arrogantemente a todos: "Eu disse que estava certo! Eu sou o homem da Otilia, o futuro genro da Família Barreto."

Amadeu ficou furioso, a sua pressão estava a subir.

Sua bela filha, que deveria se casar com alguém das Famílias Valentim ou Estrela, ele não podia permitir que esse arruaceiro arruinasse tudo.

Amadeu estava prestes a falar quando ouviu Otilia Salazar falar novamente.

"Melchior, você tem certeza de que é o meu homem?" Os olhos de Otilia Salazar brilhavam com um

sorriso, mas havia um brilho sanguinário naquele sorriso.

Melchior estava prestes a responder quando ouviu a voz suave de Otilia Salazar novamente.

"É melhor pensar bem antes de responder. Você só tem uma chance."

O sorriso no rosto de Otilia Salazar tornava-se cada vez mais radiante, deixando transparecer uma leve e sinistra aura. O sangue sedento de sangue no seu corpo começava a ferver.

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