Através de montanhas e mares para a abraçar
Capítulo 196

"Você veio aqui desta vez procurando por um homem, não é?" Maxine falou diretamente, expondo seus pensamentos.

Vilma corou instantaneamente, "Eu não sei do que você está falando."

"Não precisa se envergonhar, eu já vi muitas mulheres como você. No evento, também há várias como você. Por exemplo, aquela logo à frente usando um vestido de gala roxo decotado, e a outra, à esquerda, com um vestido de gala preto com as costas nuas, elas são como você.

Essas pessoas fazem de tudo para entrar nesses tipos de eventos de alta classe, e então, começam a procurar alguém para abordar. Se alguém se interessa por elas e o sentimento é mútuo, naturalmente tudo se encaixa, e cada um obtém o que quer."

Era a primeira vez que Vilma ouvia sobre um tema tão explícito, e ela ficou entre a vergonha e o rubor. "Você não precisa se envergonhar. Essas pessoas têm seus objetivos, se preparam com antecedência, mas mesmo assim, não é garantido que encontrarão um protetor depois de uma festa."

Vilma ficou nervosa com isso, ela só tinha essa chance.

Ela não acreditava que Otilia continuaria a ajudá-la incondicionalmente.

"Você tem um objetivo?" perguntou Maxine.

Vilma balançou a cabeça negativamente.

"Então assim não vai funcionar. Procurar às cegas é apenas perder tempo." Maxine a seduzia passo a passo.

Vilma ficou ansiosa, sem saber o que fazer.

Ela não conhecia ninguém ali, como deveria abordar.

Maxine continuou sorrindo: "Se você me fizer um favor, eu posso ajudá-la a filtrar. Eu sei muito bem o que eles gostam em uma mulher, quais são fáceis de conquistar, e os homens que são volúveis." "Que favor?" Vilma perguntou, desconfiada.

"Não fique nervosa, é apenas um pequeno favor. Você viu aquela mulher vestindo um vestido de gala vermelho à esquerda? Você só precisa derramar este suco nela. É fácil, não é?" Maxine a instigava. "E se ela pedir indenização?"

Maxine riu, "Neste tipo de evento, ninguém vai fazer um grande caso por causa de um vestido."

"É realmente só isso?" Vilma não acreditava que ela fosse tão benevolente.

Maxine a olhou com desdém, "Acredite ou não, se não acreditar, esqueça."

Dizendo isso, ela se levantou pronta para sair.

Vilma rapidamente segurou-a, "Eu não disse que não concordo."

"Se vai fazer, faça direito. Francamente." Maxine reclamava verbalmente, mas um sorriso de triunfo passou pelo fundo de seus olhos.

Enquanto as duas conspiravam em segredo, um homem de cerca de quarenta anos, de aparência comum mas com uma aura de erudição, se aproximou da mulher do vestido de gala vermelho.

Ao ver o homem se aproximar, a mulher do vestido vermelho tremeu levemente.

O homem de meia-idade envolveu a cintura da mulher, caminhando em direção a Zuriel.

Zuriel se desvencilhou dos magnatas que o cercavam, olhando ao redor. Rapidamente, ele encontrou no meio da multidão aquela figura distinta.

Zuriel caminhou em sua direção.

"Isso é gostoso." Paulina colocou um pedaço de bolo no prato de Otilia.

Otilia provou um pedaço, assentindo, "É bom."

Zuriel observava as bochechas dela, mastigando sem parar, como um pequeno hamster se alimentando,

e de alguma forma achou aquilo adorável.

Aqueles olhos negros profundos transbordavam com uma luz gentil.

De repente, um novo doce apareceu no prato.

Otilia olhou para cima, encontrando os olhos de Zuriel.

"Esse deve ser bom, experimente."

Otilia provou um pouco, acenando com a cabeça.

Vendo que ela gostou, Zuriel, animado, escolheu outro prato para ela, "Este não é gorduroso, tem baixo teor de gordura e um bom sabor. Experimente."

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