Letícia finalmente foi embora com sua cunhada. Quanto ao carro esportivo destruído, tiveram de chamar o reboque.

Dentro do carro, Letícia disse à cunhada:

- O Bruno destruiu meu carro, então isso me dá uma desculpa para cobrar a fiança dele. Cunhada, agora que dei esse passo, estou decidida a seguir em frente e só ficarei feliz depois de passar três ou cinco anos correndo atrás de Bruno. Alícia, você é a melhor para mim e meu irmão só te escuta, então me ajude a convencê-lo a não interfirir no meu direito de buscar a felicidade.

Letícia tinha muita inveja do amor entre seu irmão e sua cunhada. Na época, Alícia foi quem tomou a iniciativa de ir atrás de Pedro e só demorou um ano para conquistá-lo. Depois do casamento, a situação se inverteu e Pedro passou a mimar Alícia com todo o seu ser.

Sua cunhada lhe disse mais de uma vez que, se ela não tivesse ido atrás de seu verdadeiro amor sem se importar com mais nada, não teria a vida feliz que tem hoje.

Alícia disse enquanto dirigia:

- Letícia, eu te apoio muito em sua busca pela felicidade, ma... Este é o Bruno, e qual é a reputação dele na Cidade G? Ele é conhecido por não se aproximar de mulheres! Você já viu alguma mulher jovem perto dele? - ela suspirou antes de continuar. - Além disso, nós do Grupo Junqueira também não nos damos bem com ele, que é do Grupo Alves. Seu irmão mais velho e o Bruno não podem ser considerados inimigos, mas ainda são rivais, do tipo que "você não pode me ver bem e eu também não posso te ver bem". Tenho medo de que, se vocês ficarem juntos, você seja usada pelo Bruno, e também temo que ele te maltrate.

- Ele não maltratria a própria esposa, não é? Eles têm tradições familiares tão boas na família Alves... Além disso, os homens da família Alves são famosos por mimar suas esposas.

Letícia havia testemunhado o amor de seu irmão e cunhada e, naturalmente, esperava ser profundamente mimada por seu marido quando se casasse.

Nesse círculo da alta sociedade da Cidade G, família Alves era a mais conhecida por seus homens que mimavam suas esposas.

- Mas de qualquer forma, seu irmão também é pelo seu bem. Letícia, não vamos falar sobre isso agora, a mãe ainda está nos esperando na loja da Hermès.

Letícia franziu os lábios e disse:

- Mamãe e titia estão separadas há décadas, e nem sabemos por quantas mãos a titia já passou. Além disso, essa foto também não pode ser preservada para sempre. Tentar encontrá-la é como procurar uma agulha em um palheiro.

- Mas ainda temos que procurá-la. - disse Alícia.

Letícia não falou mais.

Isso era tudo o que sua mãe mais queria na vida, e eles, como filhos, tinham que ajudá-la a realizar esse desejo.

Sem saber que tinha uma rival, Aurora trabalhou o dia todo na loja, fechando-a como de costume às onze horas da noite e voltando para casa em sua bicicleta elétrica.

A Cidade G era uma cidade movimentada e, mesmo às onze horas da noite, ainda havia pessoas andando pelas ruas e muita gente se divertindo nos bares.

Aurora passou com sua bicicleta elétrica pelos bares e alguns jovens assobiaram para ela quando a viram, mas ela os ignorou.

Em um semáforo, o sinal estava vermelho, então ela parou a bicicleta.

Quando o semáforo ficou verde, ela deu partida novamente. Porém, logo após atravessar o semáforo, sua bicicleta parou de repente. Ela achou que tinha ficado sem bateria, mas ao verificar, viu que o painel mostrava "bateria 99%", então por que a bendita parou de andar?

Aurora tentou várias vezes, mas a bicicleta simplesmente não se mexia.

Que estranho, o que havia de errado com ela?

- Aurora, é você mesmo? Achei que estava enganado quando te vi de costas.

Um carro parou ao lado de Aurora.

A pessoa que estava no carro baixou a janela e Aurora viu que era o primo de sua melhor amiga, Helder.

- Olá, Helder. - Aurora cumprimentou-o e disse. - Não sei o que aconteceu com a minha bicicleta, ela parou de andar de repente, mas a bateria ainda está cheia.

- Espera um pouco, Aurora, vou encostar o carro para não bloquear a estrada. - Helder disse e foi parar o carro no acostamento.

Depois disso, ele saiu do carro e veio dar uma olhada em sua bicicleta. Logo, Helder coçou a cabeça e pediu desculpas:

- Aurora, eu não sei consertar bicicletas elétricas e não sei o que há de errado com ela... Por que eu não chamo alguém para vir rebocá-la e consertá-la para você, enquanto você pega carona no meu carro para casa?

- Você conhece alguma loja de conserto de bicicleta elétrica aqui por perto? - Aurora lhe perguntou.

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Relatório