Ela Foge, Ele Persegue—Sem Fuga! -
Capítulo 18
Kalil se esforçou muito, procurando por horas a fio, até o meio-dia, mas ainda não havia encontrado nenhum sinal de Ole.
Rubens esperava ansiosamente por notícias, emanando uma aura de desânimo, com uma expressão assustadoramente sombria.
A Família Damásio estava toda em alerta, temerosa de fazer qualquer barulho.
O mordomo, então, estava em lágrimas, coberto de culpa: "A culpa é minha, foi minha negligência com o jovem senhor, ele... desapareceu por tanto tempo, o jovem não deve ter sofrido um acidente, certo?" Rubens apertou os lábios, começando a se preocupar...
Nas vezes anteriores em que o garoto havia fugido de casa, sempre havia pistas a serem seguidas.
A única vez que ele desapareceu sem deixar rastros foi no início do ano, quando sua mãe o pressionou a se casar com Glauca.
Pensando que era sério, ele, frustrado, se escondeu no porão da casa de campo por um dia e uma noite.
Quando o encontraram, ele estava com febre, e aquela foi uma situação quase trágica.
Desta vez, novamente, não havia sinal algum...
O coração de Rubens estava apreensivo, e suas emoções foram afetadas, sua visão escureceu novamente, mergulhando em escuridão. Rubens franziu a testa e sua expressão ficou ainda mais sombria.
Kalil percebeu e perguntou com preocupação: "Senhor, o que aconteceu? Será que são os olhos de novo?".
"Não se preocupe com isso".
Rubens, tentando controlar seu temperamento, disse: "Encontrar o Ole é o que importa agora! Isso deve melhorar logo!"
Sua voz era inconfundível.
Kalil, conhecendo seu temperamento, não ousou dizer mais nada, apenas ordenou que continuassem a busca.
No entanto, a cegueira desta vez durou mais do que Rubens esperava.
Antes, era apenas ocasional e recuperava-se rapidamente.
Mas, dessa vez, uma hora se passou e tudo ainda estava escuro...
Nenhum sinal de melhora...
Kalil também percebeu que algo estava errado e disse preocupado: "Senhor, talvez o senhor deva ir ao hospital agora? Deve ter sido o uso excessivo dos olhos que causou isso!"
A família Damásio, grande em nome e riqueza, estava sempre cercada de desafios, mesmo com as habilidades excepcionais de Rubens, que intimidavam a muitos, ainda havia aqueles que o cercavam como lobos.
O grupo Damásio sempre tinha seus pequenos esquemas, com Rubens lidando com inúmeros assuntos todos os dias, sem um momento de descanso.
Era uma situação preocupante...
Rubens, no entanto, permaneceu calmo e disse: "Não se preocupe, esta tarde temos uma consulta com o doutor milagroso que Dr. Silva recomendou. Ligue para ele e veja se pode vir mais cedo! Encontrar Ole é nossa prioridade! Não me faça repetir!"
Kalil havia se esquecido disso e respondeu imediatamente: "Eles já estão procurando por ele, vou ligar para o médico milagreiro agora mesmo!!!"
Kalil rapidamente fez a ligação...
Nesse meio tempo, Lorena e Ole já estavam almoçando.
Ole estava encantado com a culinária de sua linda tia: "Tia, você é incrível! Sua culinária é muito parecida com a do nosso chef!"
Ele adorava sopas, e a sopa que sua tia fazia tinha o mesmo sabor das feitas pelos chefs!
"Cof, cof..."
Lorena estava tomando sopa e, ao ouvir isso, engasgou-se, tossindo sem parar.
Ela pensou consigo mesma, como não seria parecido?
Nos anos de casamento, ela aprendeu a cozinhar com o chef da Família Damásio, só para Rubens poder comer uma refeição quente. Infelizmente, o homem raramente comia.
E quando comia, pensava que era o chef quem havia preparado.
Agora ela estava sendo elogiada pelo filho!
"A senhora está bem, tia?"
Ole se assustou e se aproximou dela rapidamente, dando tapinhas preocupados em suas costas: "Você está melhor? Está se sentindo mal?"
Lorena pegou um lenço, limpou o canto da boca e balançou a cabeça: "Estou bem, não se preocupe..."
Ela se recuperou por um momento, depois serviu mais comida ao menino, dizendo: "Que bom que você gostou, coma mais um pouco."
Assim que terminou de falar, o celular na mesa tocou.
Lorena viu que era um número desconhecido, de Cidade Azul...
Ela atendeu com curiosidade, perguntando: "Alô, quem fala?"
Do outro lado da linha, uma voz jovem de homem soou: "Com licença, é a Dra. Lorena?"
Lorena tinha acabado de tossir e sua voz estava um pouco rouca quando respondeu: "Sou eu, quem fala?"
Kalil falou com uma urgência na voz: "Que bom, Dra. Lorena, fomos indicados pelo Dr. Silva para uma consulta. Ouvimos dizer que você estaria disposto a aceitar nosso caso para tratamento. Gostaria de saber se há alguma possibilidade de antecipar a data do tratamento?
É que meu Senhor teve uma piora repentina de sua condição crônica, e estamos muito preocupados que ele não consiga esperar até a data marcada. Por isso, viemos perguntar, se não seria um incômodo..."
Lorena não se importou, afinal, não tinha outros compromissos no dia.
Além disso, como a abordagem deles foi tão educada e respeitosa, ela até concordou prontamente: "Podemos, sim. No entanto, ainda não estou por dentro dos detalhes da condição do paciente, então precisarei dos registros médicos anteriores e de exames atuais.
Além disso, precisamos de um local adequado para o tratamento, com as condições médicas necessárias. O que você acha, vamos para um hospital ou...?"
Antes que Lorena pudesse terminar, Kalil respondeu rapidamente: "Não, não para um hospital. Vamos levá-lo para nosso próprio instituto de pesquisa médica. Vou lhe enviar o endereço".
A situação de Rubens era delicada, e eles sempre mantiveram a condição de seu olho em segredo e não podiam permitir que se tornasse pública.
Portanto, já haviam preparado tudo com antecedência...
Lorena, ao ouvir isso, arqueou as sobrancelhas, mas não parecia surpresa.
Afinal, para alguém disposto a pagar um bilhão pelo tratamento e que possui seu próprio instituto de pesquisa, isso era de se esperar.
Ela então disse: "Certo, vejo você em uma hora...".
Depois de acertar os detalhes, elas desligaram o telefone.
Lorena olhou para Ole e disse: "Sinto muito, pequeno, a tia tem que sair agora, então preciso de alguém para levá-lo de volta mais cedo".
Ao ouvir isso, a comida na boca de Ole de repente perdeu o gosto.
A tristeza tomou conta dele e seus olhos se encheram de lágrimas.
Lorena não esperava que suas palavras o afetassem tanto, e perguntou apressadamente: "O que foi? Por que está querendo chorar?"
Ole balançou a cabeça, com a voz carregada de tristeza: "Quando você for embora, nunca mais verei a tia bonita..."
Assim que ele terminou de falar, as lágrimas começaram a cair 'ploc'.
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Relatório