Anabela olhou para Alice antes de se voltar para Leonel, sem deixar transparecer qualquer emoção em seu olhar: "E se eu lhe dissesse que a Alice está mentindo, você acreditaria em mim?"

Leonel ficou surpreso por um momento, mas não respondeu imediatamente.

Anabela sorriu de forma autodepreciativa.

Como ela pôde ser tão tola a ponto de fazer uma pergunta dessas?

Uma era a irmã que havia crescido com ele desde criança, a outra era uma

parceira de casamento arranjado, sem nenhum vínculo emocional profundo, que ele não via há três anos.

Qualquer pessoa saberia quem Leonel escolheria.

No entanto, Leonel só hesitou por um momento antes de responder com firmeza: "Eu acredito em você."

Anabela ficou paralisada.

Eu mal podia acreditar no que estava ouvindo.

Será que Leonel realmente havia decidido acreditar nela?

E quanto à Alice...

Anabela viu o rosto de Alice ficar completamente pálido.

"Leonel, ela está falando bobagem! Como você pode acreditar nela em vez de em mim?"

"Basta."- Leonel lançou um olhar frio na direção de Alice: "Você demonstrou uma hostilidade inexplicável desde a primeira vez que viu a Anabela. Quando você disse que ela deu um forte chute no cavalo enquanto você não estava olhando, eu já suspeitava que você estava mentindo."

Leonel parecia estar coberto por uma camada de gelo: "Conheço Anabela o suficiente para saber que ela não é assim. Você mesmo disse que ela não tem rancor de você, então por que ela faria mal a você?"

Anabela observou Leonel em silêncio.

Sentindo um turbilhão de emoções.

Por que Leonel havia decidido acreditar nela? Por que havia demonstrado uma confiança tão incondicional?

Ela supunha que Leonel escolheria Alice sem hesitar entre ela e Alice.

Seu nariz estava ardendo e seus olhos estavam cheios de uma emoção indescritível.

Naquele momento, Anabela sentiu uma gratidão que não conseguia expressar.

Leonel olhou para Alice com um olhar frio como gelo: "Alice, não se esqueça de que seu sobrenome é Soares."

A implicação era clara: ela não pertencia à família Duque e não deveria agir de forma imprudente com base em sua condição de filha adotiva.

Com essas palavras, o rosto já pálido de Alice ficou ainda mais pálido.

Seus lábios tremeram e as lágrimas escorreram incontrolavelmente.

Ela tentou falar, mas não conseguiu emitir nenhum som.

"Descanse bem, eu vou indo." - Leonel disse, virando-se para sair.

Anabela ficou ao lado da cama, olhando friamente para Alice, que estava chorando descontroladamente, e suspirou: "Para que tudo isso?"

Fora do hospital, no estacionamento ao ar livre.

Leonel caminhou ao lado de Anabela, com um olhar de desculpas nos olhos: "Anabela, me desculpe."

Anabela se virou para ele: "Por que está pedindo desculpas para mim?"

"Minha família não educou Alice adequadamente." - Leonel suspirou: "Não sei por que ela tentou caluniá-la dessa forma, mas não se preocupe, vou esclarecer tudo."

Anabela riu levemente: "Não precisa perguntar, eu sei o motivo."

"O quê?" - Leonel parecia confuso.

Os lábios de Anabela se moveram suavemente: "Leonel, você realmente não consegue perceber os sentimentos de Alice?"

Leonel ficou surpreso: "O que você quer dizer com isso?"

Anabela respondeu calmamente: "Ela está contra mim por sua causa."

Leonel franziu a testa sem dizer nada.

Anabela olhou diretamente nos olhos dele e disse, palavra por palavra: "Alice gosta de você, então ela me vê como uma rival. Ela fez isso para criar uma brecha entre nós."

Leonel franziu a testa ainda mais pensativo.

Anabela continuou andando.

Leonel a seguiu: "Anabela, espere por mim."

Anabela abriu a porta do carro e sentou-se no banco do motorista.

Leonel sentou-se no banco do passageiro.

Ao colocar o cinto de segurança, ele disse: "Entendi, vou manter distância dela de agora em diante."

Anabela fez uma pausa por um momento: "Por quê?"

Leonel respondeu: "Você não disse que ela gosta de mim? Eu não sabia disso antes, porque sempre a vi como uma irmã. Agora que sei, é claro que vou manter minha distância."

Ele declarou seriamente: "Anabela, eu quero lhe dar segurança."

Anabela perguntou: "Estou com uma dúvida. Por que você confia em mim incondicionalmente? Alice cresceu com você, e você deveria confiar mais nela, não é? Por que você acredita em mim?"

Leonel olhou para ela, com os olhos cheios de ternura: "Eu disse no quarto do hospital que você não é esse tipo de pessoa."

"Apenas por isso?"

Apenas porque acreditava no caráter dela?

A luz da rua era fraca, e a luz amarela quente entrava pelo para-brisa, iluminando

o interior do carro.

O amor nos olhos de Leonel era claro e visível.

Ele disse cada palavra com firmeza: "Também porque eu amo você, e amar é

confiar incondicionalmente."

O coração de Anabela estremeceu intensamente.

Ela virou a cabeça apressadamente, com o rosto corado e sem palavras.

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